sábado, 9 de abril de 2011

A vida....

              A tragédia brasileira desta semana me abalou profundamente e me fez refletir novamente acerca da vida e do que temos feito com ela.

Conceituando o termo vida, o dicionarista Aurélio traz as seguintes definições: 1. Conjunto de propriedades e qualidades graças às quais animais e plantas se mantêm em contínua atividade, manifestada em funções orgânicas, tais como o metabolismo, crescimento, reação a estímulos etc. 2. Espaço de tempo que os organismos se mantêm nessa atividade desde o nascimento até a morte.

O ser humano é o único ser vivo consciente de sua existência. Por isso, o fato de saber que existimos é muito mais importante do que saber o que é a vida conceitualmente. Não precisamos perder tempo tentando descobrir “o que é a vida”. Fato é que existimos. Por exemplo: aquele seu animal de estimação não “sabe” que está vivo, não tem consciência dessa realidade.
                
            O fato de termos consciência de nossa existência nos capacita a fazer escolhas. Deste modo, somente quando agimos, e, sobretudo, quando fazemos uma escolha é que nos relacionamos com a nossa própria existência.

A vida é efêmera e o Senhor nos diz que ela é semelhante a bruma. Jó (14.1-2) percebendo essa realidade afirmou: O homem, nascido da mulher, é de poucos dias e cheio de inquietação”.
O poeta Gregório de Matos traduziu em versos o drama em que nos encontramos desde que nascemos:

Nasce o Sol, e não dura mais que um dia,
Depois da Luz se segue a noite escura,
Em tristes sombras morre a formosura,
Em contínuas tristezas a alegria.

Porém se acaba o Sol, por que nascia?
Se formosa a Luz é, por que não dura?
Como a beleza assim se transfigura?
Como o gosto da pena assim se fia?

Mas no Sol, e na Luz, falte a firmeza,
Na formosura não se dê constância,
E na alegria sinta-se tristeza.

Começa o mundo enfim pela ignorância,
E tem qualquer dos bens por natureza
A firmeza somente na inconstância.

Quando se vive sem Jesus não passamos de uma sombra que a tudo se conforma, mas que não dá forma a nada. Isaías 55.6-7Buscai ao Senhor enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto. Deixe o perverso o seu caminho, o iníquo, os seus pensamentos; converta-se ao Senhor, que se compadecerá dele, e volte-se para o nosso Deus, porque é rico em perdoar”.
                
            Jesus é o único que pode nos dar a vida. Quando somos transformados pelo Espírito Santo do Senhor, somos regenerados e nascemos novamente. Em João 11.25 essa afirmação é bem clara: “Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá; e todo o que vive e crê em mim não morrerá, eternamente”.
                
          Cristo é a nossa vida – Colossenses 3.4: “Quando Cristo, que é a nossa vida, se manifestar, então também vós vos manifestareis com ele em glória”.
              
            O apóstolo (1º) João (5.11-12) é bastante claro e categórico ao afirmar que: “Aquele que tem o filho tem a vida; aquele que não tem o filho não tem a vida”.
                
                Por isso, meu amigo, se desejas viver, de verdade, entrega tua vida a Jesus que o mais ele fará.

sábado, 12 de março de 2011

TEOFANIAS

“Estando, pois, os filhos de Israel acampados em Gilgal, celebraram a páscoa no dia catorze do mês, à tarde, nas campinas de Jericó. E, ao outro dia depois da páscoa, nesse mesmo dia, comeram, do fruto da terra, pães ázimos e espigas tostadas.E cessou o maná no dia seguinte, depois que comeram do fruto da terra, e os filhos de Israel não tiveram mais maná; porém, no mesmo ano comeram dos frutos da terra de Canaã. E sucedeu que, estando Josué perto de Jericó, levantou os seus olhos e olhou; e eis que se pôs em pé diante dele um homem que tinha na mão uma espada nua; e chegou-se Josué a ele, e disse-lhe: És tu dos nossos, ou dos nossos inimigos? E disse ele: Não, mas venho agora como príncipe do exército do SENHOR. Então Josué se prostrou com o seu rosto em terra e o adorou, e disse-lhe: Que diz meu senhor ao seu servo? Então disse o príncipe do exército do SENHOR a Josué: Descalça os sapatos de teus pés, porque o lugar em que estás é santo. E fez Josué assim”.

Josué 5. 10-15.

Teofania é uma manifestação visível e/ou audível de Jesus Cristo ao ser humano no Antigo Testamento. Elas representam uma afirmação inafastável da divindade do nosso Senhor.

Uma das características mais marcantes das Teofanias é o fato de que ela se dirige diretamente aos sentidos humanos, deixando claro que Deus está presente e se importa com o que acontece conosco.

No Novo Testamento, foi concedido aos homens a mais extraordinária manifestação de Deus: Jesus Cristo, a perfeita imagem do Deus invisível, o primogênito de toda criação, o Verbo Vivo.

 Em Jesus, a presença de Deus entre os homens alcançou o seu clímax e por meio Dele e do Espírito Santo que Ele envia, a morada de Deus entre o seu Povo se torna uma realidade verdadeiramente espiritual.

Eis a grande maravilha: os crentes são agora a casa de Deus, o Templo do Espírito Santo.

Resumo da Lição ministrada na classe de adultos da Escola Bíblica Dominical da Igreja Presbiteriana Vale de Bênçãos, Itabuna – Bahia, em 13/03/2011. 

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

SOLA GRATIA recomenda: Berlim 1945: A queda, de Antony Beevor.

Minhas férias foram bem proveitosas e durante este período pude colocar em dia o “armário de leitura”. Primeiro li Soldados Cidadãos, este mesmo, comentado aqui em baixo e, após, “devorei” outro sobre o mesmo tema: “Berlim 1945: A queda”, do escritor inglês Antony Beevor. Este livro narra a derrocada do Terceiro Reich, culminando com o hasteamento da bandeira soviética no Reichstag. O que mais me impressionou, neste livro, foi a quase eliminação da noção de indivíduo pelos regimes totalitários nazista e soviético. O poder desumanizador dessas ideologias de dominação em massa me chocou. Não pude compreender como a nação que foi um dos berços da Reforma Protestante se deixou dominar por um líder tão cruel e sanguinário e se afastar tanto do Senhor. Da mesma forma, criei ojeriza por um regime que se tornou para mim sinônimo de opressão, morte e aniquilação da liberdade e do homem: o comunismo. O choque entre esses dois regimes foi terrível: milhares de mortos, mutilados e desabrigados por toda a Europa. Outro dado interessante e, ao mesmo tempo horripilante, foi a retribuição soviética aos maus tratos nazistas: milhares de alemãs foram seguidamente estupradas e vilipendiadas pelos soldados do exército vermelho.  Elas foram tratadas como se fossem verdadeiros prêmios de conquista para os frontovik. Enfim, vale a pena ler este livro, sobretudo para dimensionarmos o grau de crueldade que o ser humano já alcançou. Oro ao Senhor que Ele não permita que mais guerras aconteçam e que as que acorrem atualmente terminem o mais rápido possível.

SOLA GRATIA recomenda: Soldados Cidadãos, de Stephen E. Ambrose.

Em meio ao terror da mais insana das guerras, este autor americano consegue a façanha de levar o leitor ao ambiente da batalha. Eis, portanto, um dos objetivos e méritos do autor norte-americano Stephen Ambrose: mostrar a guerra sob a ótica do soldado comum, aquele que sofreu diretamente com as agruras das batalhas, das doenças, do frio e do medo da morte iminente. O livro reconstrói a história da Segunda Grande Guerra, contando-a por meio de experiências reais, tanto dos soldados aliados, quanto dos alemães, a partir do desembarque aliado no “Dia D”. Imperdível, portanto, esta leitura, sobretudo para os amantes do tema!   

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Pode Deus nos Decepcionar?

Embora seja uma ideia que inicialmente cause estranheza, muitas pessoas decepcionam-se com Deus. Na verdade, nenhum de nós está livre de se ver diante de uma sensação como essa, sobretudo em situações de intenso sofrimento.

Podemos ver algo parecido no cenário apresentado a partir do versículo 13 de Lucas 24. Os discípulos encontravam-se profundamente decepcionados com aquele que "esperavam que fosse quem havia de redimir a Israel". Apesar de o Mestre haver anunciado numerosas e explícitas vezes que iria morrer e ressuscitar ao terceiro dia, os seus seguidores foram tomados de grande frustração diante do que aconteceu.

Os discípulos esperavam que a missão do Messias seria libertá-los do domínio romano e, quando o viram morrer, com ele morreram também suas esperanças. Não compreenderam as promessas de Jesus que, na verdade, não veio para libertá-los de um jugo político, mas dos grilhões do pecado.

Podemos até nos decepcionar com Ele, mas certamente isso ocorrerá por causa da nossa limitação em compreender seus propósitos que são sempre melhores e superiores aos nossos.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

SOLA GRATIA Recomenda: São Bernardo, de Graciliano Ramos

Tenho andado tão ocupado que o tempo para postar foi praticamente extinto. Não posso deixar, porém, de falar um pouco sobre o último livro que li, que foi São Bernardo.
Aliás, não há muito mesmo o que dizer, já que muito se tem dito a respeito da obra e a emoção de sentir a história é reservada somente aos que se debruçam sobre ela.
O enredo consiste na história de Paulo Honório, um sujeito capaz de passar por cima de tudo e todos para alcançar seus objetivos. As reflexões que ele faz em seus últimos dias torna inevitável uma sensação de semelhança com A Morte de Ivan Ilitch, que também já foi recomendado aqui no SOLA GRATIA.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

SOLA GRATIA Recomenda: Calvinismo, de Abraham Kuyper

Este livro estava na minha estante desde junho do ano passado. Há alguns dias o retirei do seu repouso e o devorei em pouquíssimo tempo. E com muito prazer.
A leitura desta obra me fez lembrar uma afirmação que me chamou atenção há algum tempo, quando comecei a ler Do Contrato Social, de Rousseau, em que este disse numa nota de rodapé que quem conhece apenas a obra religiosa de Calvino não tem noção da grandeza do seu trabalho.
Com efeito, Abraham Kuyper demonstra que o aspecto religioso do Calvinismo é apenas um pequeno ponto de toda a cosmovisão trabalhada pelo Reformador de Genebra.
Em seis palestras proferidas na Universidade e Seminário de Princeton, em 1898, o autor esclarece questões sobre os seguintes temas: o calvinismo como sistema de vida, calvinismo e religião, calvinismo e política, calvinismo e ciência, calvinismo e arte e calvinismo e o futuro.
Sem dúvida, um livro indispensável para quem deseja conhecer melhor a doutrina calvinista.